quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Bem infelimente não consigo ter a qualidade gráfica e literária da minha amiga Catarina (de quem desde já aconselho o Blogue)

Ainda assim existem algumas considerações que gostaria de partilhar convosco neste espaço, não só sobre o passado mas sobretudo sobre o futuro - sou afinal de contas um optimista

O tema de hoje é a tão falada crise!

Para quem como eu tem a dura necessidadede comprar e vender para ganhar a vida a crise é hoje um facto insofismável

Acontece que a crise não é bem uma questão económica em Si, mas antes uma questão psicológica tipicamente nacional.

Vivemos em crise, já se sabe!....

O Benfica está em crise, o Estado Social está em crise, os Valores estão em crise!

Ainda assim continuamos a ver algumas ilhas paradisiacas que fogem a este fenomeno- não falo obviamente de paraísos fiscais, essas todos conhecemos

Falo antes de algumas pessoas e instituições que contra tudo o que era expectável num país crónicamente deprimido continuam a lutar.

Falo dos professores que apesar da crise e talvez por causa dela, se organizam para mudar alguma coisa (uma má ministra???)

Falo de um grupo de cidadãos que se organiza para devolver à cidade de Lisboa o Rio que a expeculção nos roubou!

Falo de grupos de voluntários que recolhem alimentos para os distribuir por quem mais precisa!

É em momentos de crise que efectivamente se vêem as Nações.

E a nossa não poderia ser mais polarizada e antagónica

Se por um lado existem estas pessoas que a expensas do seu tempo pessoal resolvem lutar por alguma coisa maior, outras há que utilizam o que é de todos para seu proveito imediato.

Eu declaro que a crise seja para esses!

Para quem não abdica do seu tempo em proveito do outro!

E feitas bem as contas, talvez seja efectivamente 80% da população!

Quiçá merecemos a crise!!.....

Se nos acomodarmos, se não lutarmos, se não resistirmos, merecemo-la certamente!!!

1 comentário:

catizzz disse...

Obrigada pelos elogios, mas és muito modesto!
Bom, mas em relação ao assunto "crise", e da forma como determinados grupos se destacam pela força de vontade e preocupação pelo próximo, tenho a dizer que, depois de vários anos a trabalhar na área social, sei que muitos dos movimentos e associações que surgem aos olhos do grande público como pequenas "Madres Teresas" são um embuste. Aliás, diria mesmo que as instituições da área social são (com excepções que também conheço)muitas vezes as principais responsáveis pela manutenção da pobreza e da exclusão. Os seus dirigentes estão mais preocupados em conseguir dinheiro e prestígio do que em melhorar a vida dos desgraçados que a eles recorrem. Para além do facto que, na maioria dos casos, persiste a lógica da "caridade cristã", dar o peixe sem nunca ensinar a pescar.
Como é óbvio, muita gente luta contra estes factos e assistimos já a alguns sinais de mudança. Mas o próprio poder político e económico fortalece e premeia os "profissionais da caridade", sobretudo quando ligados, directa ou indirectamente à igreja...
Mas, como dizia, há muita gente a lutar por projectos inovadores e as coisas lentamente vão mudando. Mas tão lentamente... uma seca.